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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Una noche a la mexicana

Olá, pessoal
Não acompanhei o Miss Universo ontem, mas peguei o finalzinho, bem quando estavam anunciando a Miss México. Como não vi as outras, achei a escolha justíssima, principalmente em relação a oponente jamaicana.
Antes de zapear e pegar a coroação da beldade, eu estava justamente lendo um romance de um escritor mexicano, David Toscana, que eu não conhecia mas já tinha ouvido falar, porque a crítica tem dito o que ele e Roberto Bolaño são os escritores latino-americanos do momento.
O livro se chama O último leitor, e conta a história de um corpo de uma menina que é encontrada no poço do jovem Remigio, que mora em Icamole, uma cidade pobre e seca no interior do México. Em vez de entregar o corpo à polícia, o jovem enterra a menina debaixo de seu abacateiro. Ele conta com a ajuda e sigilo de seu pai Lúcio, um bibliotecário apaixonado por livros, que vê na menina morta uma semelhança com a menina de um romance que ele adora, chamado A morte de Babette. Tanto que sempre chama a menina de Babette, até conhecer a mãe da garota e descobrir que ele também adora esse livro e conta que sua filha, que na verdade se chama Anamari, tem semelhanças físicas e psicológicas de Babette.
O livro em si é bom, mas precisa ser lido com bastante cuidado, pois sua narrativa não é nadinha linear, e o autor mescla o enredo principal com histórias que Lúcio lê nos livros. Então ora ele está lendo, e as histórias dos livros são contadas como se fosse ação presente, mas na verdade é o ato da leitura de Lúcio, ora ele está no momento presente, e sempre comparando a realidade com os livros que lê. Como sua biblioteca é falida, e ele se recusou a fechar mesmo com ordem do governo, Lúcio passa os dias lendo, e separando livros que devem ir para as estantes e livros que devem ser condenados ao esquecimento, e segundo seu crivo, ninguém deve ler.
São 159 páginas densas, mas uma leitura bem inovadora e agradável.

Quem se arriscar, espero que goste! Beijos



Enquanto a Miss México era coroada, eu finalizava a leitura do escritor mexicano David Toscana.

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