O filme, na verdade, se chama só Capote (2005), e conta a história da vida do escritor no momento em que ele escrevia seu mais conhecido livro, e o que deu origem ao termo “jornalismo literário”, que nada mais é que fatos jornalísticos narrados de forma literária, como se fosse um romance, ao ponto do narrador até passar pensamentos íntimos dos personagens (fontes), como se fosse um texto literário. Para mim jornalismo literário nada mais é que jornalismo com arte, coisa quase impossível de se fazer hoje em tempos modernos de notícias como produto, quantidade versus qualidade e outros derivados, mas graças à todas as divindades ainda existem os resistentes deste modelo.
Philip Seymour Hoofman interpreta o escritor no filme e levou o Oscar de Melhor Ator por este personagem em 2006, entre outros prêmios cinematográficos.
Capote era colunista e escritor, e um dia, ao ler uma notícia de jornal sobre um crime bárbaro que havia disseminado uma família inteira no interior do Kansas, ele decide investigar para saber quem havia cometido o crime a sangue frio e o motivo.
Ele então se envolve na história de cabeça, e passa cinco anos entrevistando amigos, parentes das vítimas, moradores da cidade, inclusive os dois criminosos.
Philip Seymour Hoffman no filme
Há os que dizem que o livro é pura literatura, mas será que cinco anos de investigação não foram suficientes para ele conseguir descrições tão detalhadas e artísticas, que fogem ao texto seco da notícia do dia a dia? Eu acredito que sim. Desvendar e contar essa história virou obsessão na vida de Capote, e isso pode ser visto claramente no filme.
O livro se tornou um clássico do jornalismo literário e Capote reconhece que fez sua obra-prima para a posteridade.
Leiam!
Beijos
Um comentário:
Maravilhoso post dois em um, viu?
Capote era um gênio e adorei a interpretação de Philip Seymour no filme.
Beijos
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