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terça-feira, 27 de abril de 2010

Peacock trata de dupla personalidade em trama envolvente


Olá, pessoal
Sempre procurei trazer aqui uma dica de filme que não seja tão comercial, mais alternativo e que esteja fora de circulação. Ou até mesmo filmes comerciais mas que tenham algum apelo estético ou artístico que valha a pena ser visto, como eu fiz com O Leitor, O Corte, Apenas uma vez, A Garota Ideal, entre outros.
Não creio que seja útil ficar comentando Avatar, Homem de Ferro e Lembranças, pois basta clicar em outro site que lá vai ter alguém mais especializado comentando.
Meu intuito é passar que marcas tal filme ou tal livro deixou em mim, principalmente se ele for uma obra de arte.
Além disso, agora vou procurar também antecipar o que vai rolar, comercial ou não, na medida em que conseguir ver o filmes logo na estreia ou antes dela. Nem sempre é fácil, mas vou tentar. E vou também comentar mais clássicos quando possível, pois percebo que hoje as pessoas só veem os lançamentos porque o pirateador vende ali na esquina. Acabam vendo o comercial e perdem a paciência quando uma cena tem mais de 3 minutos, ou é preto e branco, ou é mais cult porque não têm referência cinematográfica.
Pra começar essa nova safra de filmes a estrear, comento hoje o Peacock (2010), com previsão de estréia em 27/5 no Brasil. Não sei o título que darão em português, mas Peacock é o nome de uma cidade no Nebraska onde se passa o filme.
Conta a história de um bancário, John Skillpa (Cillian Murphy) que sofre de dupla personalidade devido a traumas de infância, causados pela sua mãe. A ação começa quando um trem quase invade sua casa, e neste dia a população da cidade conhece uma nova pessoa, sua suposta esposa Emma Skillpa.
Ellen Page participa do filme como a mãe solteira de um filho de John e que precisa de dinheiro para ir embora da cidade atrás de novas oportunidades, pois desde quando a mãe de John faleceu, parou de receber a pensão.
Susan Sarandon interpreta a esposa do prefeito, que cria laços de amizade com a misteriora Emma e a convence a fazer um comíssio político em prol de seu marido.
O filme é um suspense e ao mesmo tempo um drama, com ótimas atuações e temática envolvente, pois sustentar dupla personalidade e esconder de todos numa cidade com 8 mil habitantes não é fácil, requer um boa dose de dramaticidade.
Eu adorei o filme, Page, Sarandon e Murphy sustentam a história com tanta veracidade que envolve o espectador. A princípio o filme parece ser pesado, mas ele se torna leve com ótimas interpretações.
Acredito que quem for ao cinema em maio também vai gostar.

Desculpe, pessoal, mas o único trailler disponível por enquanto é em inglês.


sábado, 24 de abril de 2010

Entrevista com Rafael Cortez do CQC


Hoje tem show do Rafael Cortez do Pedro II em Ribeirão Preto, e na última terça-feira (20/4), véspera de feriado, eu fiz uma entrevista com ele por telefone, para divulgar o show. A entrevista foi publicada no http://www.ribeiraopretoonline.com.br/ e segue ela aqui na íntegra.


Entrevista com Rafael Cortez do CQC sobre o show "De tudo um pouco"


Sábado (24/4) Ribeirão Preto recebe novamente Rafael Cortez e desta vez para um show de humor no Theatro Pedro II. Confira a entrevista exclusiva que Rafael cedeu ao Ribeirão Preto Online para falar um pouco mais sobre o show e suas aspirações artísticas:


RP Online: Rafael, o nome do seu espetáculo é "De tudo um pouco". É como se fosse um stand-up mais intimista?

Rafael: Não chamo de stand-up porque com esse show eu já passei por cima de tudo que o stand-up é. O stand-up é cheio de regras, você não pode fugir do roteiro, precisamos ser muito fiéis ao texto. Nem sei mais como classificar o show porque ele é o que faço na hora, dou vazão a tudo o que me vem a cabeça. Nas férias eu fiz muitos shows e não tinha assim um show formatado, fui fazendo aos poucos, no começo tinha apenas 25% do que pretendia, hoje posso dizer que já tenho 40%. Eu falo, conto piados, interajo com o público, canto, brinco, faço de tudo um pouco.


RP Online : Haverá também performance de violão em seu show?

Rafael: Eu vou levar o violão para Ribeirão sim porque a cidade foi um dos lugares que me resgatou a vontade de tocar violão nos shows. Fiquei muito emocianado quando estive na Feira do Livro ano passado para falar dos audiolivros do Machado de Assis, 1500 pessoas lotaram o teatro e ainda tinha 1500 lá fora esperando para entrar, foi aquela loucura. E quando eu toquei violão na palestra as pessoas foram muito respeitosas, no momento do humor estava todo mundo rindo e no momento da música fizeram silêncio para ouvir, aplaudiram, fiquei super comovido.


RP Online: Quando esteve na Feira do Livro a plateia lotou. Tendo em vista essa situação, você acredita que a popularização da sua imagem pode ser útil para passar outros tipos de conteúdo para as pessoas? A sua arte, por exemplo? O CQC abre portas para isso?

Rafael: É verdade, não fosse o CQC eu não poderia divulgar Machado dessa forma, para milhares de pessoas. A popularidade do CQC faz com que alcancemos mais pessoas, mas não podemos ficar deslumbrados porque sei que esse é o momento e amanhã posso não ter mais isso. Mas aproveito o espaço para fazer coisas legais e divulgar coisas mais relevantes. Eu não poderia hoje fazer um show humorístico de caracterização, por exemplo, e no shows que faço tem muitas piadas bem populares pois é preciso alcançar todos os públicos. Como diria Chico Anysio, o humor ou tem graça ou não tem.


RP Online : O trabalho no CQC deixa espaço para outras atividades como o teatro e a música, muito presentes em sua vida?

Rafael: Olha, eu tenho pouco tempo para outras coisas, porque eu faço muitas matérias quentes para o CQC. Eu adoro teatro, mas pra mim fazer teatro é estar em cartaz, e agora não dá. Mas eu vejo muitas pessoas fazendo teatro para melhor técnica vocal, entre outras coisas, mas pra mim teatro é a arte da representação. E não posso me dispor de tempo para ensaios e estar em cartaz de quinta a domingo hoje, pois faço muita coisa ao vivo para o CQC. Agora o violão é o seguinte, você precisa se dedicar à ele senão ele te abandona. Agora estou com o projeto do meu CD independente, desde 2008 na verdade, mas esse ano ele sai. Acredito que no segundo semestre, depois que eu voltar da África do Sul. Mas antes de eu fazer 34 anos esse CD sai, custe o que custar.


RP Online : Quem for ao Theatro Pedro II dia 24 de abril pode esperar o quê?

Rafael : O imprevisível! Nem eu sei o que pode acontecer.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um dica Preciosa no Dia Mundial do Livro


Escolhi um ótimo dia para voltar a escrever aqui, no Dia Mundial do Livro. Para variar continuo lendo bastante, indo ao cinema, vendo filme em casa mesmo, e até ao teatro, outra arte que adoro mas me dedico muito menos ( e esse ano decidir tentar me dedicar mais). Justificativas à parte, decidir voltar e falar sobre Preciosa. É, o filme que concorreu à vários prêmios, inclusive o Oscar. Mas não vou falar do filme porque ainda não vi, decidi ler primeiro o livro, apesar de já saber de toda a história através do trailler.
O livro tem umas 200 páginas, mas foi o um dos mais ambíguos que já li na vida, por dois motivos. Ele é fácil e ao mesmo tempo difícil. Explico.
Fácil porque a leitura é dinâmica, ele é contado pela própria personagem Precious e em sua linguagem coloquial e até mesmo com erros de concordância (a parte dos erros de concordância e até ortográficos pra mim foi complicado, pois adoro ler algo bem escrito). A história é tão contagiante que em um dia (no feriado de Tiradentes) matei todo o livro, e olha que não fiz só isso ( é mesmo, vi três filmes e também dormi).
Difícil porque a cada página nos deparamos com uma realidade dura de uma adolescente de 16 anos, analfabeta, negra, gorda, pobre que morra no Harlem (NY), mãe de um bebê que tem Síndrome de Down (que ela teve aos 12 anos) e grávida de outro, e o pai dos seus filhos é seu próprio pai. Além de ser agredida e molestada por seus pais ( ahã, sua mãe também), ela sofre intimidação dos colegas na escola ( não gosto daquela palavra em inglês, só porque é mais chique?!?!) e ainda descobre que é HIV positivo. É mole ou quer mais?
Apesar de tudo ela se refugia em seus sonhos para poder suportar o tranco, e conta com a ajuda de uma professora da alfabetização, que a estimula a ler e a escrever.
(Obs: Sempre tem uma professora amiga, adoro!)
É através de seu diário que ela se liberta, lê e escreve diariamente e assim espanta seus monstros, reinventa sua própria história.
E no Dia Mundial do Livro esta é uma dica ideal que uma pessoa que sofre as mazelas de seu mundo e encontra um pedaço de felicidade através da leitura e da escrita.
O filme? Bom, vou dar um tempo, claro, mas certamente verei em breve.