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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Amor em Terra de Chamas

Olá, people
Acabei de ler um ótimo livro de uma das minhas escritoras favoritas: Jean Sasson. Já comentei em posts anteriores sobre ela e sobre seus livros. Jean é uma jornalista norte-americana que morou no Oriente Médio, e todos os seus livros são relatos reais de mulheres que vivem naquele país em condições impostas pelos homens e pelo islamismo. Já comentei sobre Princesa e os outros três livros da série, sobre a história da princesa da Arábia Saudita, e sobre Mayada, a iraquiana que é presa e torturada no regime de Sadan Hussein. Este que acabei de ler chama-se Amor em Terra de Chamas, e conta a história de Joanna, uma islâmica metada iraquiana, metada curda, mas que ama ser curda de coração, e por isso é perseguida pelos iraquianos. Hussein provoca ataques químicos no Curdistão, pois sua intenção é dizimar a população.
Joana é uma sobrevivente desse guerra desvairada. E em meio a bombas, perseguições e preconceito, por ser curda e mulher em um país que ambos valem quase nada, ela se apaixona por um guerrilheiro curdo chamado Sarbast, e que depois de muito tempo amando-o em silêncio, ele se rende a ela e a pede em casamento.
Apesar de ter estudado na Universidade, e se formado em engenharia agrícola, Joanna abandona uma vida de parco conforto para lutar pelo Curdistão ao lado do amor de sua vida.
Eles passam por todo tipo de provação, fome, sede, subida íngreme em montanha, bombas químicas... é o inferno na Terra. E hoje Joanna vive com a família na Inglaterra com dois filhos e feliz ao lado de seu peshmerga (nome dados aos guerrilheiros curdos)
É o tipo de livro para se dar graças a Deus por ter nascido no Ocidente, apesar tudo. Os livros dessas mulheres são uma verdadeira lição de vida.
Soube que Jean lançou outro recentemente, já estou atrás, essa autora e seus relatos fortes e contundentes, e melhor ainda, reais, me fisgaram, e espero que fisgue você também,

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Segredo do Gênesis

Monografia entregue! Agora sim posso voltar a minha rotina de livros e filmes. Não que eu tivesse saído totalmente dela, mas claro que ela ficou um pouco de lado. Só estava lendo livros específicos da minha tese, que  é sobre adaptação de obra literária para o audiovisual. Ainda bem que escolhi um tema que amo, assim a leitura foi compensadora.
Mas é que cansa ler só teorias e livros técnicos. Gosto de variar a leitura. Nos dias finais da conclusão do trabalho comecei a ler O Segredo do Gênesis, de Tom Knox. Um livro que ganhei em um sorteio do blog Mundo de fantas. Best-seller que segue o estilo dos livros de Dan Brown, conta a história de um jornalista que é correspondente internacional no Oriente Médio. Seu editor o manda fazer uma reportagem sobre arqueologia nas novas escavações no Curdistão, chamada Gobekli Teppe, onde arqueólogos encontraram uma vila soterrada que pode ter sido escondida da humanidade há cerca de 8 mil atrás. O motivo? Ninguém sabe, e a população local não gosta muito de falar no assunto. Mas é claro que o jornalista e uma doce arqueóloga vão investigar os mistérios na nova terra descoberta e encontrar coisas pra lá de antigas, do tempo dos Gênesis mesmo.
Enquanto isso, em Londres, jovens são suspeitos de cometerem crimes bárbaros seguindo rituais milenares de tortura. O que será que esses crimes têm a ver com a descoberta do sítio arqueológico, é só lendo para saber, pois eu não vou contar.
O livro é um entretenimento emocionante, e dá para aprender várias coisas. Eu,que se não fosse jornalista, seria ou historiadora ou arqueóloga ( minha terceira profissão reprimida), adorei.
É o primeiro livro deste autor, vale conferir.
Agora vou para as páginas de 1808, Laurentino Gomes, sobre história do Brasil. Livro comprado há um ano e só agora consigo adentrar. Isso porque o 1822 dele já está a toda nas livrarias.
Como agora tenho mais tempo, espero escrever mais para quem estiver afim de ler.
Beijocas

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não entendo quem não gosta de ler

Hoje é o Dia do Livro. Não entendo como alguém consegue não ler, não gostar de livro, ou diz até gostar mas alega não ter tempo para ler.
Não entendo como essas pessoas não gostam de ter um companheiro à cabeceira todos os dias, não gostam de viajar o mundo sem sair do lugar, não gostam de acompanhar várias aventuras e conhecer outras culturas.
Não consigo entender que as pessoas arranjam tempo para beber uma com os amigos, visitar conhecidos, ver televisão de domingo, cochilar, fazer academia, trabalhar, passear com os cachorros, cozinhar, ficar horas na internet, bater papo no telefone, jogar videogame, ficar na calçada olhando para o nada e só  ver a vida dos vizinhos, mas nunca encontram tempo para ler.
Não entendo as pessoas que não querem conhecimento, discernimento, sabedoria, cultura, boas histórias, explicações do mundo ou apenas crônicas do cotidiano.
Nunca vou entender quem não consegue se prender a uma bela história, que não consegue virar as páginas, que não gosta daquele cheiro afrodisíaco e viciante que só as folhas de um livro são capazes de trazer.
Nunca vou entender quem se contenta com o pouco, acredita no que vê e não se atreve a abrir um livro e encarar o desconhecido.
Nunca vou entender quem nunca leu nada, mesmo que não saiba, sempre tem alguém que pode ler em voz alta.
Nunca vou entender a falta de curiosidade pelo antigo, pelos mistérios que envolvem nossa existência, pelos pergaminhos, pelos papiros, pelos códices. Nunca vou entender quem não sente imenso remorso pela destruição da Biblioteca de Alexandria, e quanta cultura e conhecimento de séculos se perdeu.
Nunca entenderei quem nunca leu uma poesia, nunca escreveu uma crônica e nunca sentiu culpa por saber que nunca dará conta de ler todos os livros que há no mundo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Casamento Silencioso é uma obra de arte do cinema romeno

Depois de mais uma temporada de abandono do blog, volto e prometo pra mim mesma, pela milésima vez, voltar a escrever com mais freqüência, quem sabe agora com mais tempo.
Eu não poderia deixar de comentar um filme muito bom que assisti ontem. Casamento Silencioso é uma produção de 2008 dirigida por Horatiu Malaele, entre a Romênia, Luxemburgo e França, e conta a história de um vilarejo pacato da Romênia de 1953, em que famílias se adaptam ao pós-II Guerra e a nova ordem mundial da Guerra Fria. Políticas à parte, as famílias só querem tocar suas vidas e ter paz e tranqüilidade.
Tanto que os mais jovens só pensam em namorar as filhas das vizinhas. E um desses namoros vira casamento, o que dá título ao filme. No meio da festa do casamento de Nara e Iancu, quando estão todos preparados para oficializar a cerimônia, aparece um oficial russo e decreta luto oficial e proíbe no país qualquer tipo de manifestação popular, festas, sorrisos, casamentos e até velórios por uma semana. Silêncio absoluto. Porquê? Isso aconteceu em 5 de março de 1953, data da morte de Stálin, o líder da União Soviética (que comandou a Romênia da Segunda Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim). Ou seja, Stálin morre e o povo romeno foi obrigado a silenciar-se.
Mesmo com o decreto, as pessoas do vilarejo não querem deixar passar o momento tão importante para o casal. Então, de forma improvisada, realizam o casamento silencioso dentro da casa da noiva, sem ruídos, sem falas. É como se o diretor quisesse mostrar como viviam os romenos nessa época, de mãos atadas e bocas fechadas.
Demorei tanto para ver o filme que me arrependi de não ter visto antes, pois os 87 minutos são curtos mas certeiros, e o diretor usa diversas metáforas para contar como reinava a lei do silêncio. De forma cômica e um tanto esdrúxula, conseguimos entender o que essas pessoas passaram anos atrás. A sensibilidade do diretor foi responsável por uma das cenas mais memoráveis do cinema, duas na minha opinião, a do casamento silencioso em si e da aparição, com recursos visuais que lembraram muito o cinema fantástico de Meliés.
Claro que não vou detalhar as cenas, pois seria injusto com quem não viu o filme, mas vale muito a pena ser visto. Me contem depois o que acharam.
Falta só um mês para eu entregar meu TCC e minha vida voltará ao normal, com dicas diárias, se possível, mas por enquanto, vou escrevendo sempre que der, ou sempre que tiver uma obra de arte tão refinada quanto este filme para comentar.
Parece que o cinema romeno está com tudo, e agora o próximo passo é assistir Como eu Festejei o Fim do Mundo, produção do mesmo país. Eu conto depois.
Beijos e bom fim de semana.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sonhando Acordado - Mais um filme de Michel Gondry

Meu Deus, que sumiço. Abandonei o blog por esses dias. Mudança de rotina, de trabalho fizeram com que me afastasse um pouco daqui, mas já estou de volta.
Hoje trago uma dica bem divertida para quem gosta de filmes com viagens oníricas. Ontem não aguentei ver o debate, e zapeando vi um filme no TC Cult: Sonhando Acordado (2006) com Gael Garcia Bernal e a francesa Charlotte Gainsbourg ( de Anticristo), escrito e dirigido por Michel Gondry, meu queridinho. Digo isso porque ele é o diretor do meu filme favorito: o Brilho Eterno (neste ele contou com o roteiro de Charlie Kauffman). Mas em Sonhando Acordado ele faz tudo sozinho, e viaja um pouco mais.
Ele conta também um romance, entre o filho da síndica de um prédio e uma inquilina, ele se chama Stefháne e ela Stefhanie. O romance, que se passa na França, começa de forma improvável, pois Stepháne na verdade fica afim da amiga de Stephanie primeiro. Mas a amizade entre os dois os aproxima mais e mais até compartilharem os mesmos sonhos.
Falar assim é resumir de forma simplista o que o filme na verdade é. Trata-se de uma viagem ao mundo dos sonhos de Stepháne, um cartunista que consegue um emprego medíocre indicado por sua mãe.
Filho de um mexicano com uma francesa, ele vai a Paris para viver mais perto da mãe depois que seu pai faleceu. Toda noite ele tem sonhos bizarros que envolvem sua família, sua infância, os acontecimentos do dia e coisas que estão por vir.
O engraçado desse filme é que o diretor não usa super efeitos especiais para retratar os sonhos, como acontece no filme A Origem, por exemplo. O estúdio de TV é feito com caixas de ovos, papelão, celofane. Outros recursos também são bem artesanais e bem visíveis, e isso não tira o onírico e a magia do filme. Muito pelo contrário.
Mostra que a emoção que o cinema proporciona está acima de efeitos especiais. Um breve retorno a Mélies.
O filme é bem fofo, vale a pena.

Espero que assistam, suportem e gostem. Beijos

sábado, 11 de setembro de 2010

A Saga Otori - O Piso-Rouxinol

Oi, pessoal
Já é sábado e a última vez que postei foi no feriado. A semana foi muito corrida e mal tive tempo pra nada. Mas hoje passei pra deixar uma dica de leitura, já que as últimas foram de cinema. Eu li o primeiro livro de uma trilogia, A Saga Otori, que terminei na semana passada, e achei a história super interessante, pois foge dos modismos que temos por aí. Esse livro se chama O Piso-Rouxinol. Não sei como vocês escolhem livros pra ler, mas eu tenho inúmeras formas: ou gosto do autor, ou vou pelo título, ou já tenho informações antecipadas, ou escolho no uni duni tê,entre outros. Esse livro foi assim. Entrei na biblioteca, e no uni duni tê escolhi esse. Gostei da capa, e ao ler a sinopse vi se tratar de uma trilogia (que na verdade são quatro, pois o quarto livro estava ali junto com os outros três).
Dei uma desanimada, porque ando meio preguiçosa com trilogias ou continuações. Tudo hoje é assim, tanto no cinema quanto na literatura, e às vezes o fim de um livro ou filme já basta pra mim, talvez seria melhor sem as continuações. E outra, é como se fosse assistir uma novela, exige tempo, dedicação e acompanhamento, o que ultimamente tenho pouco, por conta da alta carga de estudos e teorias que preciso ler.
Bom, decidi levar mesmo o livro ao ver que se tratava de uma história que se passa entre clãs japoneses no período feudal. Conta a história de um jovem chamado Tomasu, que tem seu clã ( os Ocultos) destruído pelo clã rival pois seus familiares tinham poderes e eram mais espiritualizados. Ele salva a vida de um chefe de outro clã, Shigeru Otori ( do clã Otori) , e este o adota como filho em gratidão. Aos poucos Tomasu, que passa a se chamar Takeo, percebe que tem poderes extrassensoriais muito fortes, e isso pode ser de ajuda tanto para o clã que o adotou quanto para si próprio. Ele é treinado em arte de guerra de todas as formas para se proteger do inimigo e proteger seu clã.
Em meio a esses treinamentos, ele descobre o amor ao apaixonar-se pela noiva prometida ao seu pai adotivo. Mas o noivado não era por amor e sim por interesses de união e parcerias entre os clãs.
Adorei a proposta do livro, uma história bem diferente do que vemos por aí hoje em dia. Fora que dá para aprender bastante sobre a cultura do japão feudal, tão distante da nossa, pelo menos da minha.
A escritora é uma britânica chamada Lian Hearn, que é uma estudiosa dos hábitos e culturas do Japão.
Se vou ler os outros 3 livros? Claro que vou, não sei se já, mas vou sim e depois prometo contar.
Bom sábado!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vidas que se Cruzam

Esse feriado está com um tempinho delicioso aqui em Ribeirão Preto. Refrescou, em torno de 23/24 graus e uma chuvinha fina e gelada que já dura duas horas. Fiz uma pausa no trabalho que estou escrevendo para passar uma dica finíssima de filme para vocês.
Antes de vir pro computador estava assistindo um filme que queria ver há tempos e hoje consegui. Foi escrito e dirigido por Guillermo Arriaga, o mesmo de Babel e 21 Gramas. Quem gostou desses dois filmes certamente vai adorra Vidas que se Cruzam.O trailler é bem legal, e quando o vi pela primeira vez já anotei o filme, mas ele ficou pouco tempo em cartaz.
O filme conta aparentemente 4 histórias paralelas que se passa em uma cidade próxima ao México. Depois explico o aparentemente. Bom, trata-se da histórica de amor extra-conjugal entre Nick e Gina, um mexicano e uma norte-americana, ambos casados e com filhos mas vivem uma paixão ardente às escondidas. A outra história é da filha de Gina, Mariana, que a todo momento desconfia que a mãe está tendo um caso, e se envolve com o filho do amante de sua mãe. A terceira história é de uma garota mexicana, Maria, que acompanha o pai e o tio para um trabalho e acaba presenciando o acidente de avião do pai. A quarta história é a de Sylvia, uma chefe-de-cozinha solitária e descompromissada, que tem um olhar perdido e um sentimento de culpa muito grande, que sai com vários homens, como que para preencher um vazio.
A história é contada de forma não-linear, em que as ações presentes se misturam com as ações do passado, e só após uns 30 minutos de filme passamos a entender a ligação de todos os personagens. No início eles parecem soltos e parecem ser várias histórias paralelas, por isso lá em cima eu disse aparentemente. Pois na verdade trata-se apenas da história de uma pessoa, e através da volta ao seu passado é que ela consegue se livrar da culpa de diversos atos impulsivos e impensados. Ótimas atuações de Charlize Theron e Kim Bassinger.
Eu adoro esse roteirista e este filme é muito bom. A história é mais leve que os seus outros filmes, e acho que cai super bem para esse feriado. Como já está acabando, tente assistir no fim de semana. Vale a pena.
É como eu digo dos filmes do Arriaga, drama na medida certa com roteiro pra lá de bom.
Beijos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Partida é muito mais do que um filme comum

Olá, pessoal
O primeiro post do mês será uma dica de filme pra quem gosta de drama, mas um drama bem feito. Assisto poucos filmes japoneses mas esse eu tinha que ver, principalmente depois de vários elogios que fizeram dele. Trata-se de A Partida, do diretor Yojiro Takita (2008), que foi o ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2009 e outros 10 prêmios em diversos festivais de cinema pelo mundo.
A narrativa do filme é bem linear e comum, não foge aos padrões e não traz nenhuma inovação na montagem, na estética ou na tecnologia. Mesmo assim o filme prende a atenção, por se tratar de uma história sensível, mesmo sem pirotecnia. A música embala o filme todo, pois se trata da história de um violoncelista que toca na Orquestra em Tóquio, mas por conta da dissolução do grupo, ele é obrigado a voltar para a sua cidade natal no norte do Japão, juntamente com sua esposa. Desempregado, sai em busca de trabalho e consegue logo de cara, porque era o tipo de trabalho visto com muito preconceito por lá, ele se torna um preparador e maquiador de defuntos de uma funenária.
O trabalho de limpeza e preparação do corpo do morto era tradicionalmente feito apenas pelas famílias na Japão, mas como a modernidade e principalmente o ocidente mudaram hábitos milenares, este também mudou, e agora há empresas que fazem isso. Daigo, o protagonista, começa a trabalhar como auxiliar. Ele não conta nada à esposa, pois se trata de um trabalho tido como indigno, e segue no novo ofício e  a cada dia descobre um sentido na vida através dele.
Além disso, há sua história pessoal mal resolvida, pois Daigo foi abandonado pelo pai quando criança e guarda mágoas por toda a vida; e há o relacionamento com amigos da casa de banho que ele frenquentava. O protagonista vai dia a dia aprendendo a lidar consigo mesmo e vendo novas perspectivas em sua vida, aos poucos ele aceita este trabalho como sua profissão.
O filme não nem é um pouco dogmático, e trata o tema morte/vida de forma bem simples e sem ideologias ou culturas, apenas mostra o respeito que os japoneses têm pelos corpos dos entes queridos, e querem que eles estejam perfeitamente limpos, bem vestidos e maquiados para "a partida". O filme é um pouco lento para os dias de imediatismo de hoje e de filmes que mais parecem videoclipes, mas não é pesado e nem arrastado. As cenas se concentram nas emoções dos personagens, mais do que nas ações, e tudo foi feito de forma sensível e leve, sem ser maçante.
Podemos ver através do filme a rica cultura japonesa sendo dissolvida na pobre cultura norte-americana, e nos faz refletir até que ponto deixamos de lado nosso verdadeira cultura e como somos menos sem ela. Trata também do sincretismo religioso, e na hora da partida todos são iguais pois passam pelo mesmo processo: a cremação. Ouvir Ave Maria ao som do violoncelo foi uma surpresa ótima, e poder comparar culturas tão distintas quanto as nossas também.
Há uma outra cena me marcou muito. Ao serem contratados para preparar um corpo, eles se atrasam e quando chegam ao local os familiares já estão aflitos na porta, com olho no relógio. Os dois chegam e se desculpam "Por favor, nos perdoe, tivemos um atraso". O familiar diz. "Já são 5 minutos de atraso, por favor. Andem". E correm desesperados.
Ou seja, lá é como se eles tivessem atrasado 1 hora, eles não toleram atraso nenhum. Igualzinho o Brasil, não?! Rs.
Espero que vejam e se emocionem.
Quem viu e gostou, deixe seu comentário. Beijos



Daigo aprende a importância da higienização e preparação dos corpos dos mortos para a sua cultura e assim sua vida ganha outro sentido

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O elogio da madrasta

Pessoal
Li há um tempinho já um livro curtinho e ótimo do Mario Vargas Llosa. Adoro esse escritor, tanto que um dos meus livros favoritos é dele: Travessuras da Meniná Má. (Outro dia falo dele)
Mas hoje eu vou falar de outro livro, mais polêmico e bem instigante, se chama O elogio da madrasta.  O livro conta a  história de um casal que vive em plena paixão. Lucrécia tem 40 anos e não perdeu a lascívia e sensualidade, e Dom Rigoberto está em seu segundo casamento e foi com Lucrécia que descobriu os prazeres da carne. O único empecilho dessa união parecia ser o filho de Rigoberto, Alfonso, na época com 12 anos, que era apegado demais à mãe e no começo resiste ao apelo de Lucrécia de se tornar uma boa madrasta para ele.
Aos poucos Lucrécria conquista a simpatia do menino, mas o que era apenas uma amizade passa a virar uma paixão carnal também do menino por ela, o que acaba por desestabilizar uma vida que parecia estar em perfeita harmonia.
Mário Vargas Llosa constrói uma história digna de Nelson Rodrigues, com forte apelo sexual e final surpreedente. É uma Lolita às avessas. O livro é muito bom, com história que fica marcada,  essa explosão vem em apenas 160 páginas. Na hora que fica bom o livro acaba, dá até dó.
Quem ler espero que goste.
Beijos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Una noche a la mexicana

Olá, pessoal
Não acompanhei o Miss Universo ontem, mas peguei o finalzinho, bem quando estavam anunciando a Miss México. Como não vi as outras, achei a escolha justíssima, principalmente em relação a oponente jamaicana.
Antes de zapear e pegar a coroação da beldade, eu estava justamente lendo um romance de um escritor mexicano, David Toscana, que eu não conhecia mas já tinha ouvido falar, porque a crítica tem dito o que ele e Roberto Bolaño são os escritores latino-americanos do momento.
O livro se chama O último leitor, e conta a história de um corpo de uma menina que é encontrada no poço do jovem Remigio, que mora em Icamole, uma cidade pobre e seca no interior do México. Em vez de entregar o corpo à polícia, o jovem enterra a menina debaixo de seu abacateiro. Ele conta com a ajuda e sigilo de seu pai Lúcio, um bibliotecário apaixonado por livros, que vê na menina morta uma semelhança com a menina de um romance que ele adora, chamado A morte de Babette. Tanto que sempre chama a menina de Babette, até conhecer a mãe da garota e descobrir que ele também adora esse livro e conta que sua filha, que na verdade se chama Anamari, tem semelhanças físicas e psicológicas de Babette.
O livro em si é bom, mas precisa ser lido com bastante cuidado, pois sua narrativa não é nadinha linear, e o autor mescla o enredo principal com histórias que Lúcio lê nos livros. Então ora ele está lendo, e as histórias dos livros são contadas como se fosse ação presente, mas na verdade é o ato da leitura de Lúcio, ora ele está no momento presente, e sempre comparando a realidade com os livros que lê. Como sua biblioteca é falida, e ele se recusou a fechar mesmo com ordem do governo, Lúcio passa os dias lendo, e separando livros que devem ir para as estantes e livros que devem ser condenados ao esquecimento, e segundo seu crivo, ninguém deve ler.
São 159 páginas densas, mas uma leitura bem inovadora e agradável.

Quem se arriscar, espero que goste! Beijos



Enquanto a Miss México era coroada, eu finalizava a leitura do escritor mexicano David Toscana.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dogville

Ontem tive o prazer de assistir pela segunda vez um dos meus filmes favoritos, e um dos melhores filmes já produzidos: Dogville (2003). A primeira vez que assisti foi logo em 2004 , e lembro do impacto que o filme causou em mim. Poucos filmes fazem isso, pode ter certeza. Conte nos dedos os filmes que realmente te impressionaram ou mudaram sua visão de mundo. Pra quem ainda não viu, essa é a dica de hoje.
Dirigido por Lars Von Trier, um dos diretores mais polêmicos da atualidade, o filme é forte, moralmente falando. Não tão forte quanto Anticristo, que mostra mutilações físicas, mas Dogville mostra mutilações humanas, comportamentais e morais.
O filme se passa numa cidadezinha minúscula no interior dos EUA na época da grande depressão (1930 mais ou menos). Uma desconhecida (Grace, interpretada por Nicole Kidman) aparece na cidade fugindo de gângsters, e pede apoio dos moradores para se esconder, pois está sendo caçada. Para acolher a jovem na vila, os moradores fazem exigências, e um deles sugere que ela doe uma hora do seu dia para cada um e ajude em alguma tarefa. Mas não há muitas coisas a serem feitas na cidade pacata, mas mesmo assim os cidadãos dão atividades para ela. O tempo vai passando e essas atividades acabam se tornando um trabalho escravo, e a cada vez que a polícia ou os gângters aparecem na vila, os moradores se sentem ameaçados e punem Grace com mais trabalho, menos salário, humilhações, estupro, ou seja, caem as máscaras e os amáveis vizinhos mostram seus dentes.
Para quem não assistiu, o filme tem um final forte e surpreendente. Além de uma ótima história, que desvenda a imundície, a fraqueza e nuances da personalidade humana, a estética do filme é toda especial. Ele foi gravado dentro de um teatro, e a vila e as casas eram separadas apenas por linhas divisórias no chão, com o nome de cada local ou família. As ações podem ser acompanhadas de uma vez e sem paredes e cenários, apenas com pequenos objetos, os espectadores focam sua atenção na narrativa, o que torna o filme mais denso.Quem estiver disposto a sentar no sofá por 3 horas, tenho certeza que não vai se arrepender.
Beijos

Ah, o trailler, só achei com legenda em espanhol.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Festival de Blues em Ribeirão Preto

Pessoal, segue uma matéria minha que foi publicada no www.ribeiraopretoonline.com.br. sobre o Sesc ´N´Blues, festival de blues que acontece todo ano e traz diversas bandas nacionais e internacionais para a cidade. Ainda tem mais hoje e amanhã.

Instrumental e blues texano marcam o primeiro dia do Sesc ´N´Blues

Quinta-feira gelada em Ribeirão Preto. Mesmo assim os amantes do blues foram conferir a abertura do festival que acontece sempre em agosto na cidade. O Sesc N´Blues, tradicionalmente realizado no Teatro de Arena, pelo segundo ano consecutivo foi realizado no Ginásio de Esporte do Sesc. Segundo os organizadores, a estrutura do Teatro está precária para abrigar o evento.

Duas atrações abriram o festival na quinta-feira (19/8) . Ari Borger Quartet, que fez um show instrumental para os amantes do blues mais pop, com batidas mais ritmadas e dinâmicas. Formado por Ari Borger - órgão, Celso Salim - guitarra, Humberto Zigler - bateria e Marcos Klis - baixo acústico e elétrico, o Ari Borger Quartet faz o show de lançamento do CD “Backyard Jam”, terceiro álbum do grupo com mistura de blues, soul, jazz e música brasileira.

Após intervalo comandado pelo mestre de cerimônias Théo Werneck, o norte-americano Johnny Nicholas sobe ao palco, juntamente com a banda sãocarlense Blues The Ville, e agita a plateia com baladas típicas do blues texano. O cantor, guitarrista e gaitista já tocou e gravou com os grandes nomes do blues, como Big Walter Horton.

O Festival de Blues tem atrações ainda nesta sexta e sábado.








Ari Borger Quartet


Johnny Nicholas com Blues The Ville

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gaiola das Cabeçudas - "Li tudo do Leon Tolstói"....

Pessoal

Ontem vi esse vídeo quando cheguei em casa na MTV e achei engraçadíssimo. Marcelo Adnet e grupo do Comédia MTV fazem uma paródia das dançarinas de Funk, criam o grupo "Gaiola das Cabeçudas" e cantam funk com referências dos maiores escritores e artistas mundiais. Ficou show! Olhem só.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Porque transformaram Jane Austen em vampira eu jamais saberei

Este é o post mais ambíguo da minha vida, porque não tenho uma opinião ainda sobre o livro que estou lendo. Peguei Jane Austen- A Vampira emprestado na Biblioteca do Sesc, porque eu nunca compraria um livro com esse título. Primeiro em compaixão à Jane Austen, que deve estar dando gargalhadas onde quer que ela esteja; segundo porque é de vampiros, e como já comentei no post sobre Sussurro, este é um gênero que já li muito na adolescência, agora já cansei.
Pois bem. Apesar de todo o preconceito inicial, o livro é até legal, uma história interessante sobre uma Jane Austen que tem 233 anos e vive em uma cidadezinho no interior dos EUA, é dona de uma livraria e adora ver que, apesar de tanto temp,o ainda é popular, seus livros vendem horrores mas ela sente por não receber nenhum direito autoral, pois todos pensam que ela está morta (deveria, né). O livro discute o mercado editorial atual, a fome por vendas dos novos escritores e como alguns autores ganham dinheiro fazendo o tal autoajuda em cima de preceitos antigos ( como A arte da guerra, a Bíblia, etc) e alguns em cima da literatura de Jane Austen. Até livro de culinária lançaram usando o nome dela, e infelizmente ela não recebe nada de direito autoral. Essa parte do livro achei interessantíssima e engraçada. Mas...
Bom, só não me fisgou ainda o lado vampiro dela. Claro, para ela ter 233 anos teria que ser vampira, na visão deste autor, mas eu não consigo ver Jane Austen assim. Claro que o autor precisava escolher algo para dar imortalidade a ela, mas vampira?!?! Não sei, pra mim não encaixa. Eu acho que talvez ela pudesse ter bebido algum elixir da imortalidade, ou mesmo se tornado um anjo, algo do tipo.
Mas é claro que isso é só minha opinião. Não conheço ninguém que leu para compartilhar comigo esse estranhamento em ver Jane Austen como vampira, mas pra mim não colou de jeito nenhum.
Ainda não terminei o livro, mas não sei se até o fim minha opinião a respeito dele vai mudar. Bom, minha opinião? Como disse no início, não sei, estou dividida. Gosto de 50% pela trama editorialesca e de uma autora ícone da literatura mundial. Não gosto do 50% que a tem como vampira.
Quem ler e quiser dividir opiniões, fiquem à vontade. Beijos

domingo, 8 de agosto de 2010

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios



Pessoal
Terminei de ler um livro de amor que é a coisa mais fofa.  Se chama Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, de Marçal Aquino. Já gostei do título de cara, mas nem imaginava como seria a história.
Trata-se de um romance entre um fotógrafo que vai morar no Pará, terra de garimpeiros, e a esposa bipolar de um pastor evangélico. Os dois se conhecem e se identificam através da paixão que ambos têm pela fotografia, e passam a viver um romance ardente.
O autor mescla na história a história presente dos dois , Cauby e Lavínia, e nos conta o passado de Lavínia para entendermos sua dupla personalidade, pois ora ela está tímida e reclusa, ora está extrovertida e louca, por assim dizer. Além disso, sabemos como ela conheceu o pastor, e porque não se separa dele.
O texto é não-linear, pois mescla esta história com outra história paralela de um colega de Cauby contada em uma pensão. Ora estamos com eles no presente momento com o narrador em primeira ora, depois conhecemos a história do pastor e de Lavínia em terceira pessoa. Mesmo com essas mudanças, o texto de forma alguma é complicado, muito pelo contrário. Ao mesmo tempo que conta um romance, também trata sobre política, religião através de situações tão comuns ao brasileiro.
O personagem Cauby também adora livros, em especial o autor Benjamim Schianberg, que na verdade é um personagem fictício, um autor que faz ode ao amor, e a todo tempo, como uma monografia de faculdade, temos referências e citações de Schianberg , o que torna o texto mais gostoso de ler. 
Há quem ande já citando o tal Schianberg por aí como se ele existisse. Assim como Márcia Tiburi faz com a tal Helena Schopenhauer, outra personagem fictícia que já tem pegado pessoas dizendo que leram algo sobre ela.
Há até um filme do Beto Brant que se chama O Amor segundo B. Schianberg, que foi tirado deste romance e transposto para as telas. É, há personagens que vivem como se fossem pessoas reais.
Não vou entrar muito em detalhes para a história não perder a graça para quem for ler. Só digo que vale muitíssimo a pena.
Bom domingo.

"O amor é sexualmente transmissível" -  B. Schianberg

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os Piratas do Rock

A dica de hoje é de cinema, principalmente para quem adora o som que rolava nos anos 60. Acho que todo mundo, né. Eu pelo menos não conheço uma pessoa que não goste, mesmo assim todos se sentem os únicos que “nasceram em época errada”, clichê. Sendo assim, Os Piratas do Rock vai agradar de uma forma ou de outra, pois o filme trata de amizade, rádio pirata e muito rock´ n´roll.
Dirigido por Richard Curtis ( de Um lugar chamado Nothing Hill), o filme é o oposto das comédias românticas do diretor. Com muito humor, ele conta a história baseada em fatos reais, de uma rádio pirata inglesa de 1966 que tocava rock 24 horas por dia. Tá, mais o que isso tem de mais? Você deve estar se perguntando.
É que na época a principal rádio inglesa era a BBC e ela só tocava duas horas de música pop por dia, em um momento do mundo em que os jovens só queriam rock, e não podiam ouvir. Então, um grupo de amigos decidiu montar uma rádio pirata em um navio e transmitir rock o dia todo. Eles inclusive moravam lá e viviam do rock.
Em contrapartida, congressistas londrinos queriam a cabeça deles, e ficavam criando estratégias para acabar com a rádio pirata, pois até o momento essa situação da Rádio Rock era legal perante a lei.
O filme conta com elenco afinado com Philip Seymour Hoffman e Kenneth Branagh, entre outros e a trilha sonora nem precisa dizer que é perfeita, com as principais músicas que faziam sucesso em 66/67 e ainda fazem, afinal, clássico é clássico.
Curiosidade: Antes das filmagens, cada ator que intepretou um DJ recebeu um Ipod com as músicas que tocaria no filme, só para eles já entrarem no clima. O longa tem 135 minutos, mas vale cada canção.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Selos Deslumbrante e Blog Mulher Moderna

Olá, pessoal
Este post é para agradecer as meninas do Dear Books, por ter presenteado este blog com dois selinhos: Deslumbrante e Blog da Mulher Moderna. Adorei o carinho.
De acordo com as regrinhas, preciso passar adiante para os blogs que acompanho.
Vamos lá.
 
Regrinhas:
1. Deixar um comentário nesse post.
2. Criar um post para o selinho.
3. Passar esse selinho para 6 pessoas ou mais.

Seguem meus seis blogs indicados:
Psychobooks
Acordei com vontade de ler
Escrevendo Loucamente
Eu leio, eu conto
Faz parte
Literatura de cabeça


 Este selinho do Blog da Mulher Moderna também foi indicação das garotas do Dear Books.
Regrinhas:
1. Devemos atribuir esse selo aos blogs que gostamos e os quais mais visitamos regularmente.
2. Ao receber o selo “Blog da Mulher Moderna” devemos escrever um post incluindo: o nome de quem nos deu o prêmio com o respectivo link de acesso + a indicação de outros 5 blogs!

Seguem os blogs que mais gosto e visito regularmente:

Dear Books
Leituras ponto com
Romances in Pink
Bebendo Fumaça
Libros di Amore

domingo, 1 de agosto de 2010

Videoclipe em plano sequência OK Go - This Too Shall Pass

Pessoal, hoje é domingo e estou interneticamente cansada. Afinal trabalho com isso a semana inteira, e geralmente domingo me dou uma folga desse suporte, fico só com os livros físicos e um filme ou outro, além da familia, of course. Só estou no PC porque estou terminando um projeto de TCC, para iniciar outro semana que vem. Exatamente, era pra eu estar finalizando meu projeto nesse exato momento, mas existe uma coisa viciante chamada Google Reader, e não consigo ficar sem ler os feeds.
Aproveitando a deixa internética, hoje vou postar só um clipe para vocês curtirem, de uma banda chamada OK Go. Ela ficou famosinha pelos seus videoclipes bem loucos, é aquela mesma banda que um tempo atrás apareceu no Fantástico com uns caras que fizeram uma coreografia na esteira. Lembrou? São eles mesmos.
Neste clipe, total em plano sequência (sem cortes de câmeras), eles arrasaram. Adorei e quero compartilhar com vocês. Enjoy it! Bom domingo, porque agora vou voltar para os estudos já.

sábado, 31 de julho de 2010

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil


Como as aulas estão voltando, hoje vou comentar um livro que acabei de ler essa semana, e que serve para quem gosta de História. Esqueça tudo o que você aprendeu ou está aprendendo nas aulas de História. Não que tudo esteja errado, mas toda moeda tem dois lados, e na escola só nos mostram um. Quem diz isso é o jornalista Leandro Narloch, o autor de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. Um livro que traz algumas histórias um pouco mal contadas e disseminadas através dos anos, em que há heróis e bandidos, mas os heróis não são tão heróis e os bandidos também não são tão bandidos.
Ele conta que sempre responsabilizamos os portugueses por terem chegado aqui, trocado espelhinhos por pau- brasil e ouro, desmatado a Mata Atlântica e terem escravizado os pobre índios. Mas parece que a coisa não foi bem assim. Não que isso não tenha acontecido, mas tem o outro lado da história. Por exemplo, os próprios índios desmatavam muito, pois faziam fogueiras imensas para espantar animais e arar a terra. Também várias tribos guerreavam entre si, portanto não dá pra falar que só os portugueses os mataram. Além disso, eles queriam ser tão portugueses que se ofereciam para trabalhar pra eles, e adoraram as tecnologias que desembarcaram junto com a tripulação. Ou seja, de coitadinhos não tinham tanta coisa.
Além disso, Leandro conta que Zumbi dos Palmares tinha escravos, invadia outros grupos e tribos e seu tio, ex-chefe do Quilombo, era bem mais querido que ele. Alguns ex-escravos, inclusive, quando eram libertos voltavam para a África para serem traficantes de escravos, que engraçado, não?!
Santos Dumont realmente não foi quem inventou o avião, ele apenas teve seu primeiro voo em 1906 registrado pela imprensa em uma competição na França, portanto ficou com essa fama por um tempo. Na verdade os irmão Wright já faziam voos desde 1903, com aviões bem mais potentes que o 14 Bis, mas não estavam preocupados em aparecer, e sim, aperfeiçoar seu invento e vender. Portanto, pessoal, o mérito é mesmo dos americanos.
O autor comenta algumas curiosidades de escritores, do surgimento do samba, da feijoada e de alguns aspectos das ditaduras que o país viveu. 
O livro é muito gostoso de ler, tem muitos dados históricos, mas tem uma linguagem fácil, ágil e bem-humorada.
Espero que gostem. Beijos

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crônica de uma leitura nunca antes imaginada por esta pessoa

Olá, pessoal
Como já comentei aqui diversas vezes, não costumo muito comentar os lançamentos, livros da moda que se encontra facilmente em qualquer blog. Principalmente porque não tenho esse compromisso industrial de parcerias com editoras para ler e resenhar. Eu leio porque amo e resenho porque aquele livro mudou algo em minha vida, em minha visão de mundo, e quero compartilhar com as pessoas. Se não gostei não comento. Acho que isso é que diferencia meu blog, pois posso dar dicas de livros que dificilmente a maioria leria, por falta de informação e pelo sufoco causado pelos lançamentos e modismos. E outra coisa, eu tenho quase 30, veja bem, eu disse quase 30, então a maioria dos lançamentos hoje envolve histórias vampirecas adolescentes. Nada contra, já li muitas histórias assim, mas já passei dessa fase, tanto que nem li Crepúsculo até hoje, e acho que dificilmente vá ler. Quando era adolescente a autora da vez era Anne Rice, e ela é ótima, e por um segundo me fez acreditar que o vampiro Lestat existia. Quero ver quem me diga que conseguiu ler A Hora das Bruxas até o fim.
Então, quando leio quero algo consistente, de informações ou de literatura, mas vira e mexe eu pago a língua ao julgar um livro pela capa.
Fiz essa introdução só para comentar que hoje vou falar de um livro da moda, que está facilmente em qualquer blog e tem apelo fantástico: Sussuro, de uma autora norte-americana estreante chamada Becca Fitzpatrick.
Já tinha lido rapidamente sobre o livro em algum lugar no ciberespaço, mas é tanta informação que nem me lembrava. Aí semana passada peguei emprestado em uma biblioteca porque achei a capa bonitinha. Ao começar a ler, quase desisti. Pensei, "ah não, mais um romance adolescente norte-americano de vampiro". E se tem uma coisa que eu odeio mais que autoajuda é não terminar um livro. Pode tá horrível, mas se comecei, tenho que terminar, é uma questão de honra.
Pra melhorar, li em algum lugar algo assim "Se você gostou de Crepúsculo, vai amar Sussurro". Aí que eu queria desistir mesmo.
Mas algo dentro de mim mudou quando li o prólogo. Exatamente. Nunca um livro que torci o nariz me pegou logo de cara, bem no prólogo. Achei fantástico uma história que envolvesse anjos caídos, mitologia pouco explorada na literatura mundial. De vampiros estamos até as tampas, né, pessoas.
Aí decidi ler até fim, e até que acabei rapidinho, pois sabe como é, esses romances te prendem, e a ação demorou um pouco para desenrolar, claro, porque vai ter a continuação. É o tipo de livro 3 em 1, sabe. Hoje os livros já nascem em trilogia. Mesmo que você não queria vem mais dois atrás. Tipo os filmes.
Bom, resumo da ópera: o livro é bem fofo mesmo. Uma trama divertida, com ação, mistério e romance que explora a mitologia dos anjos caídos. Já fiquei sabendo que em outubro sai a parte 2, que se chama Crescendo. E provavelmente vai virar filme, pois parace roteiro de cinema. To até vendo o anúncio "Vem aí a Saga Sussurro".
Beijos

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Comer, Rezar, Amar ganha filme e continuação literária

Alguém já leu Comer, Rezar, Amar da Elizabeth Gilbert? Eu li, depois de muita relutância, pois considerava um livro de autoajuda, e eu detesto autoajuda com todas as minhas forças. Uma amiga tinha acabado de ganhar o livro e fez questão que eu lesse, só aceitei porque ela disse se tratar de uma jornalista.
Mas de jornalismo o livro não tem nada. Elizabeth faz o que todas têm, já teve ou terá vontade de fazer: chutar o pau da barraca, abandonar uma vida rotineira e viajar pelo mundo, comendo do bom e do melhor, descansando e orando, e ainda por cima encontrar um amor. Quem não quer isso?
Este livro é a materialização dos sonhos femininos, pois todas sabemos que as mulheres são difíceis de contentar. Uma vez na vida pelo menos pensamos em jogar tudo pro alto e fugir. Até os homens têm esse desejo. A diferença é que Elizabeth foi lá e fez, escreveu um livro, vendeu horrores e agora sua história vira filme, com Julia Roberts e Javier Bardem, e tem estreia prevista para 24 de setembro no Brasil.
Eu até que gostei do livro, mesmo não sendo meu gênero favorito.
Ah, detalhe. No fim do livro, ela conhece um brasileiro em Bali e começa a rolar um romance. Mas essa história só vamos conhecer mesmo no segundo livro da escritora, Comprometida, que será lançado em agosto por aqui. Quem quer saber como a história se desenrola, hein?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O livro de Truman Capote e sua história contada no cinema

O domingo foi loucura e não pude fazer uma homenagem a altura no Dia do Escritor, mas antes tarde do que nunca. Com um dia de atraso, mato dois coelhos de uma vez ao indicar um filme que fala de uma dos melhores livros que já li na vida: A Sangue Frio, de Truman Capote (1924-1984).

O filme, na verdade, se chama só Capote (2005), e conta a história da vida do escritor no momento em que ele escrevia seu mais conhecido livro, e o que deu origem ao termo “jornalismo literário”, que nada mais é que fatos jornalísticos narrados de forma literária, como se fosse um romance, ao ponto do narrador até passar pensamentos íntimos dos personagens (fontes), como se fosse um texto literário. Para mim jornalismo literário nada mais é que jornalismo com arte, coisa quase impossível de se fazer hoje em tempos modernos de notícias como produto, quantidade versus qualidade e outros derivados, mas graças à todas as divindades ainda existem os resistentes deste modelo.

Philip Seymour Hoofman interpreta o escritor no filme e levou o Oscar de Melhor Ator por este personagem em 2006, entre outros prêmios cinematográficos.

Capote era colunista e escritor, e um dia, ao ler uma notícia de jornal sobre um crime bárbaro que havia disseminado uma família inteira no interior do Kansas, ele decide investigar para saber quem havia cometido o crime a sangue frio e o motivo.

Ele então se envolve na história de cabeça, e passa cinco anos entrevistando amigos, parentes das vítimas, moradores da cidade, inclusive os dois criminosos.

Philip Seymour Hoffman no filme

Essa investigação minuciosa resultou de um trabalho primoroso, rico em detalhes e descrições literárias, sobre uma família comum do interior que foi vítima de dois bandidos. É até possível saber detalhes da vida íntima e infância dos rapazes, tamanho o tempo em que Capote passou em suas celas. Dizem as más línguas que Capote, que era gay, teve envolvimento com um deles, vai saber.

Há os que dizem que o livro é pura literatura, mas será que cinco anos de investigação não foram suficientes para ele conseguir descrições tão detalhadas e artísticas, que fogem ao texto seco da notícia do dia a dia? Eu acredito que sim. Desvendar e contar essa história virou obsessão na vida de Capote, e isso pode ser visto claramente no filme.

O livro se tornou um clássico do jornalismo literário e Capote reconhece que fez sua obra-prima para a posteridade.

Leiam!

Beijos

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lançamento do livro e filme Os coletores

Olá, pessoal

Hoje não vou resenhar nada, apenas dar uma super dica para quem, como eu, adora filmes e livros, e principalmente quando as histórias saem das papel e vão para a telona. É o caso de Os Coletores, de Eric Garcia, lançamento da Suma das Letras/Objetiva.
O livro conta a história do melhor agente coletor formado pela Credit Union e de como as ironias do destino o tornam alvo do próprio sistema que ajudou a construir.
Uma milagrosa tecnologia chamada "artiforgs", permite reproduzir articialmente qualquer órgão do corpo humano. Praticamente indestrutíveis, os novos órgãos de metal e plástico são aparentemente muito mais confiáveis e eficientes do que os rins falíveis e os pulmões sujeitos a câncer. A Credit Union, responsável pela comercialização dessas maravilhas, proporciona a todos um sistema de pagamento viável.
Mas é importante ressaltar que, em casos de inadimplência, um dos dedicados profissionais da companhia fará uma rápida visita, extrairá o produto e o levará de volta imediatamente. Fígado, coração, rim, pulmão, pâncreas, o que seja.


Já deu para sentir como vai ser a história né. Só pela sinopse e o trailler já dá vontade de começar a ler agora antes da estreia do filme, que está prevista no Brasil para 17 de setembro. No elenco: Jude Law, Alice Braga e Forest Whitaker, entre outros. Dá só uma olhada no trailler.
Beijos

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sete de Paus - Policial com humor e as fatídicas notas de rodapé

Olá, pessoal


Já dei duas dicas de livros do Mário Prata aqui no blog, e hoje vai mais uma. Acompanho as obras deste escritor e cronista há anos, e o livro de hoje é uma mistura de policial e comédia, gêneros em que o autor se sai muito bem.

Em Sete de Paus, o leitor se sente lendo um clássico policial, digno de Agathe Christie e Edgar Alan Poe, com muito mistério, investigação e uma pitada gigantesca do humor inteligente de Mário Prata. Me peguei dando gargalhadas no sofá, vê se pode.

A trama começa quando Hans Schneider, professor da Universidade Federal de Florianópolis, de reputação inabalável, aparece morto com um tiro na testa e com o próprio pênis enfiado na boca. Imagina a cena!

Na sua virilha, há uma carta de baralho: o sete de paus. Durante a investigação, feita pelo o agente federal Ugo Fioravanti Neto, nosso protagonista, ocorre outro assassinato com as mesmas características. Seria um serial killer?

Qual o motivo e, principalmente, quem estaria por trás desses crimes?

Fioravanti, velho de guerra, trabalha com seu jovem parceiro Darwin Matarazzo, e se envolve em situações engraçadas. Além do texto hilário e misterioso, o que chama a atenção são as notas de rodapé, presentes em muitas páginas, para explicar os personagens novos, as ações, os verbetes, ou mesmo para uma observação do escritor. As notas fizeram toda a diferença no livro, portanto, não deixem de lê-las, pois o livro não seria nada sem as notas de rodapé. Vão por mim.

Lançamento

Pessoal, só para vocês saberem, o Mário Prata lançou este ano pela Editora Leya o segundo livro com o Ugo Fioravante que se chama Os Viúvos: Uma História com o Detetive Fioravante.
Este ainda não li, mas depois que ler posto as impressões aqui

Boa leitura. Depois me digam se gostaram.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Literatura leve de férias: O Garoto no Convés

O autor irlandês John Boyne ficou conhecido no Brasil e no mundo pelo comovente livro O menino do pijama listrado, que inclusive já falei dele aqui no blog. Desta vez vou falar do seu segundo livro editado no país, e que merece tanto destaque quanto o primeiro: O Garoto no Convés.

Como fez em O menino do pijama listrado, Boyne contou uma história real através do ponto de vista de uma pessoa participa de acontecimentos importantes mas não entende muito bem o que se passa a seu redor. Além disso, o autor usa uma linguagem linear, simples e ágil,que contagia tanto adultos quanto adolescentes. Demorei um pouco para abrir as páginas mas agora estou naquela situação em que não consigo mais fechar o livro.

O personagem principal é um adolescente órfão de 14 anos, John Jacob Turnstile, que vivia nas ruas da Inglaterra de 1788, praticando pequenos furtos para sobreviver. Ao roubar o relógio de um fidalgo, vai preso. Mas o mesmo se compadece e o tira da prisão e o coloca a bordo de um navio para trabalhar.

Este navio é o HMS Bounty, que em abril de 1789, sofreu uma rebelião dos tripulantes. Semanas após concluir no Thaiti uma missão de coletar mudas de fruta-pão para alimentar os escravos nas colônias inglesas, o capitão do navio de guerra foi trapaceado pelos seus tripulantes, em uma revolta que ficou conhecida na Europa. O capitão William Bligh foi deixado em um bote em alto-mar junto com os marinheiros ainda fiéis a seu comando.
Sem comida , o grupo enfrentou 48 dias em alto mar até alcançar a costa do Timor.

Jonh participa desta aventura e acompanha cada detalhe, e relata tudo em primeira pessoa. É um personagem carismático, humano e a cada capítulo em que ele aprende uma lição da vida, nós aprendemos com ele. Uma lição de dever, disciplina, aprendizado e companheirismo. Apaixonante!

O autor irá lançar um livro na Bienal do Livro de SP, até onde sei a história dessa vez se passa entre os czares da Rússia. Já estou contando os dias.

O livro foi editado no Brasil pela Companhia das Letras, tem 496 páginas e custa em média R$ 30 a R$ 45.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Faces da Verdade - Você, jornalista, revelaria sua fonte?

Quem é jornalista sabe que ao entrar na faculdade de jornalismo, temos a utopia de construir um lugar melhor, tudo o que queremos é mudar o mundo, fazer matérias de preferência políticas que desvendem algum escândalo. Mesmo na era da internet pesquisas comprovam que todo foca sonha em trabalhar no jornal impresso. Simplesmente porque temos em nosso imaginário aquela aura folhetinesca das redações nos anos 30, 40 e 50, em que o repórter se fazia na prática, com poucos recursos tecnológicos mas com o melhor jornalismo investigativo.
A fonte sempre foi matéria-prima do repórter, e não sites e blogs, como acontece hoje. Os jornalistas antes se pautavam pelas confiáveis fontes que iam conquistando ao longo da carreira, e delas derivaram as principais matérias jornalíticas, os maiores furos e as melhores histórias. E fonte nunca deve ser revelada, pois é ela que praticamente abastecia os jornais de notícias, e o sigilo era fundamental para ela continuasse a fornecer os dados que o repórter precisava. Revelar a fonte sempre foi proibido, isso é lição número 1 na faculdade.
Há umas duas semanas vi um filme que fala justamente sobre a importância de nunca revelar a fonte, por qualquer motivo que seja. O filme já está até em pauta nas salas de jornalismo, pelo que andei sabendo.
Se chama Faces da Verdade ( Nothing but the truht/ 2010) direção de Rod Lurie e com Katie Beckinsale, Matt Dilon e Vera Farmiga no elenco.
Baseado em fatos políticos atuais, a história gira em torno da jornalista política de um grande jornal do EUA, Rachel Armstrong (Kate) que descobre um escandâlo político que pode abalar as estruturas americanas através de uma fonte, segundo ela, super segura e confiável. Pressionada pelo governo, representado pelo promotor federal Patt Dubois ( Dilon), a revelar sua fonte, a jornalista segue seus prinícipios e em todos os julgamentos mantém-se firme no propósito de não contar de onde vazou a preciosa informação.
Ela passa por pressões psicológicas, vai presa e mesmo assim não revela a fonte.
Inspiração para os jornalistas que trabalham nesta área e sabem como é difícil conquistar uma fonte confiável e fazer jornalismo investigativo nos dias de hoje.
A última cena do filme mostra ela conversando com a fonte, e daí entendemos porque ela se recusou tanto a revelar.
O filme já está em DVD nas locadoras. Quem resolver conferir, bom filme e boas reflexões.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Medo e Delírio! Onde mesmo?

Medo e Delírio em Las Vegas é um filme ótimo (para quem gosta de filmes alternativos, claro), baseado no livro do mesmo nome do jornalista  norte-americano Hunter Thompson. Este, que ficou conhecido como o criador do Jornalismo Gonzo, após fazer uma viagem a Las Vegas em um carro cheio de drogas. Seu relato sobre o evento que iria cobrir, uma corrida automobilística, se não me engano, mistura ficção alucinógica provacada pelas drogas e a realidade.
O filme e livro é assunto que fica para outro post. Neste deixo apenas esta ótima charge do Galhardo satirizando o filme e a terra Natal do nosso presidente. Super!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Faraó Negro

Política, guerra, intrigas, tomada de poder no Egito Antigo. Esta é a trama do mais novo livro do escritor francês Christian Jacq: O Faraó Negro, da Editora Bertrand. Este foi o segundo livro do autor que eu li e confesso que adorei. O primeiro havia sido o Ramsés, o pioneiro de uma série sobre o Egito Antigo, que faz parte das pesquisas de Jacq há anos.


Como história é um assunto que me apetece, posso dizer que quando qualquer fato é contado de forma literária, ou seja, romanceada, ela fica bem melhor.

Assim fica muito mais interessante ler um romance em que os fatos realmente aconteceram. É o caso deste livro, que conta a história de um faraó que vê seu reinado ameaçado por Tefnakt, antigo súdito que quer tomar o poder e reunificar as Duas Torres.

Para conquistar a coroa, Tefnakt começa a invadir as grandes cidades e a fazer com que seus governantes passem para seu lado e abandonem o faro Negro, (Piankhy).

Mas ele não contava com a força física, espiritual e moral de Piankhy para dar a volta por cima e manter seu reinado sem precisar estourar uma grande guerra.

Ótima leitura para as férias, fácil, descompromissada e com bons relatos históricos do egiptólogo Christian Jacq.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dica de Blog - Romances in Pink




Pessoal, achei esse blog sobre romances bem mulherzinha que é muito fofo e está fazendo uma promoção de um sorteio de um romance.
Quem curte histórias de amor, não pode ficar de fora.
Eu estou participando e louca para ganhar, pois há tempos to querendo ler um romance bem água com açúcar para alegrar alma. O ùltimo que li foi Querido John, que achei fofíssimo.
Participem e boa sorte.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Grupo Baader Meinhof

Eu adoro filme alemão. Juro. Sempre gostei, mesmo antes de começar a estudar o idioma e ter mais contato com a cultura alemã. Fico de olho nas produções e sempre busco alguma coisa que sai aqui. Infelizmente tem pouco filme alemão nas estantes das locadoras, mas com internet tudo fica mais fácil.
O Grupo Baader Meinholf ( de Uli Edel, Alemanha, 2008) foi o último alemão que vi, e gostei muito. Primeiro porque foi baseado na história real de um grupo de extrema esquerda da Alemanha Ocidental da década de 70, o RAF, que depois foi apelidado de Baader Meinhof pois era o sobrenome do chefe do grupo (Andreas Baader) e da jornalista simpatizante da causa e que entrou para o grupo após ajudar a libertar Andreas da prisão (Ulrike Meinhof). É tipo um O que é isso, companheiro? alemão, mas lá eles levavam a coisa bem mais a sério. A luta era armada, e eles explodiam bombas, usavam a força e a guerrilha em favor do povo, queriam aplacar as atrocidades do mundo, como guerra do Irã, do Vietã.
No decorrer do filme, os personagem dizem ter uma dívida histórica com o mundo depois do nazismo, e são contra o imperialismo norte-americano e o capitalismo, guerras e opressão ao terceiro mundo. Lutam para não deixar o fascismo se instalar novamente.
Outro fato que me chamou a atenção foi a narrativa fílmica longa (150 minutos) mas com bastante ação e movimento, e sempre com acontecimentos envolventes, o que torna o filme menos pesado. Além disso a narrativa é ágil, várias fusões de cenas e diálogos tornam o filme dinâmico, bom demais de ser assistido.
Quem se interessar pelo tema político, vale a pena.
Aqui segue um link de uma matéria publicada na Folha de S. Paulo sobre a morte do grupo em 1977.
Bom filme para quem resolver conhecer a história do Baader Meinhof! Não é todo dia que dão voz a este tipo de filme. Já está disponível em DVD.

sábado, 26 de junho de 2010

70 Million - Uma boa dose de arte

Pessoal

Fiz um excelente trabalho sobre este magnífico videoclipe, que foi um achado nessas andanças pela imensidão da internet. É uma obra de arte da obra de arte, e ainda estou preparando um artigo sobre ele, pois é riquíssimo (pelo menos nas minhas áreas de estudo).
A banda se chama Hold your Horses, conheço pouca coisa, mas tem umas músicas legais. Quem se interessar dá uma busca no Google, sei que eles tem MySpace. Ainda tive pouco tempo pra procurar informações da banda, pois só o clipe basta para infinitos trabalhos, mas sempre que dá eu vejo alguma coisinha deles.
Bom, não vou comentar muito. Deliciem-se neste sabadão com essa riqueza!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Precisamos falar sobre o Kevin


Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Schriver, é o sétimo romance da autora norte-americana e que foi recusado por 30 editoras antes de ser lançado. Ainda bem que aceitaram pois é um livro impactante, e mexeu muito comigo. Após falar com muitas pessoas, mesmo percebendo que alguns homens gostaram, percebi que ele teve uma aceitação maior entre o público feminino.
Acho que não poderia ser diferente, se tratando de um livro que é narrado por uma mãe tomada por uma angústia tremenda, que procura respostas dentro de si mesma para saber o que houve de errado com a educação do filho, ou mesmo o que há de errado com ele..
Na história, Kevin é um adolescente norte-americano, que prestes a completar 16 anos, comete um daqueles assassinatos em massa na escola, e mata sete colegas, uma professora e um funcionário, e vai para a penitenciária. Quem não se lembra dos meninos de Columbine? Inclusive há referências a este crime o tempo todo no livro.
Durante toda a narrativa, a mãe, Eva, em desespero e culpa, escreve cartas ao pai de Kevin, as quais ela busca respostas, e passa a relatar sua história desde o início de seu casamento, sua não intenção de ter filhos em virtude de sua vida profissional, a vontade de experimentar ter filho só para não passar por essa vida sem saber como é, a concepção e o nascimento de Kevin, e toda sua infância assustadora.
Ela quer saber o que levou o filho a cometer tal crime, e se culpa o tempo todo por isso. Acha que pelo fato de não querer ter filhos possa ter refletido em sua relação com ele.
Kevin sempre foi uma criança diferente, apática, sem emoções, deu os piores tipos de trabalhos possíveis na infanância, e ainda por cima rejeitava a mãe. Eva, por outro lado, tentava amar o seu filho mas ele a irritava e não a deixava se aproximar.
O relato é bem intenso, e você não consegue desgrudar os olhos depois da página 100, pois quer saber como essa histórica vai acabr. Mostra o drama de criar um filho em uma sociedade como a norte-americana em que está tudo pronto, como diz a personagem, e a criança/adolescente passa a não ter um objeto claro de vida, a não ter motivações para lutar por seus ideiais ou bens materiais. Segundo Eva, esse tipo de assassinato foi cometido por jovens que queriam transgredir de alguma forma, como todo adolescente, e como eles não conseguem construir eles optam por destruir.
No caso de Kevin, há várias vertentes e não uma única resposta, mas vale a pena conhecer essa e refletir em que sociedade essa nova geração está sendo criada, que tipos de padrões morais e éticas eles adquirem e como sofre um mãe ao procurar respostas que talvez nunca serão encontradas.
Espero que leiam, e que gostem.
beijos

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Visitante


Esses dias assisti a um filme estava há tempos na minha lista da locadora : O visitante. Nem lembro porque o cadastrei. Devo ter lido ou ouvido falar alguma coisa sobre ele, então já lancei o nome dele na lista e deixei lá. Acho que tava parado há um ano se não me engano, e não cheguei a fazer nenhum esforço para vê-lo. Deixe lá de stand-bye, e fui passando outros na frente.

Até que um dia ele se cansou e veio até mim. Liguei a TV e do nada ele começou a passar. Só aí me lembrei que ele estava na lista da locadora, por isso me interessei em ver.
Depois de toda essa espera, adorei o resultado dela, pois o filme é muito legal, em vários aspectos. Primeiro, ele conseguiu ser um bom filme sem apelos dos grandes nomes do rol de estrelas de Hollywood. O ator mais conhecido é o protagonista Richard Jenkis, que considero um bom ator, mas passa despercebido em meio às celebridades em todos os filmes que faz.
Jenkins interpreta um professor universitário viúvo e solitário, que ao voltar para seu apartamento em Nova Iorque encontra um jovem casal de imigrantes vivendo nele, o rapaz é da Síria e a moça do Senegal. O casal diz que alugou o apartamento de um corretor, mas o professor não conhece o suposto corretor.
Para não deixar o casal na rua, ele permite que eles fiquem até encontrarem um lugar. A partir daí o trio passa a desenvolver uma relação de amizade, pois essa convivência trouxe novo movimento a vida tão monótona e triste do professor.
Além de amizade, o filme também fala sobre o cerco aos imigrantes após o 11 de setembro, e como qualquer coisa banal é motivo para o imigrante ser inimigo número 1.
Não vou contar detalhes do filme, pois sempre há algo a ser descoberto, mas a atuação de Jenkis está primorosa e merece nossa atenção. Os demais atores, embora pouco conhecidos, também enriquecem a história. É como já comentei uma vez em outro filme que escrevi aqui, esse é o tipo de filme que mostra como pessoas podem mudar a vida das outras mesmo de forma passageira, sem vir para ficar, e de maneira simples deixam uma grande lição.

Espero que vejam e gostem.

beijos

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ensaio fotográfico Cachorros
















































































































Olá, pessoal

Aqui estão as fotos selecionadas do ensaio fotográfico que fiz para meu curso. Se chama Cachorros, e pode também ser vista o Flickr Os Semióticos, juntamente com outras fotos maravilhosas da turma.
Bati umas 150 fotos de vários cachorros. Na minha primeira edição restaram 40. Na pré-edição sobraram 15. Das 15 escolhemos essas seis em grupo.
Esperam que tenham gostado.
beijos, até a próxima