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terça-feira, 14 de julho de 2009

Esculturas de Eurico Rezende


Esculturas em ferro























Adoro fazer matérias de artes, e ontem fiz uma sobre o artista plástico Eurico Rezende de Ribeirão Preto, que faleceu no mês passado, mas deixou uma obra maravilhosa. Veja a matéria que foi publicada originalmente em www.ribeiraopretoonline.com.br, e as fotos que foram tiradas por Elaine Campos na Casa Aberta, onde as obras estavam expostas. beijinhos



O escultor Eurico Rezende deixa grande acervo artístico para Ribeirão Preto

Para compreender a arte de Eurico Rezende (7/1/1960 – 9/6/2009) é preciso entender a essência humana, pois o abstrato de sua obra trabalha proporções, dimensões, volumes e formas que causam uma certa insegurança pelo seus objetivos pontiagudos, sua irregularidade linear, e talvez seja esse íntimo do homem que ele queria tocar através de sua obra. Eurico, um dos maiores artistas plásticos de Ribeirão Preto com destaque nacional, nos deixou prematuramente há um mês vítima de hemorragia digestiva alta, mas a beleza e a magnitude de suas obras vão permanecer para nossa apreciação.

Ele definia seu trabalho como um misto de pesquisas constantes e produção, para criar contradições e antagonismos , em que trabalhava com vários temas ao mesmo tempo, que eram produzidos em série. Seus objetos de trabalho eram madeira, pedra sabão, ferro, chumbo e parafina.

Artista desde sempre, Eurico iniciou na arte da escultura ainda menino, tentando entalhar madeira. Autodidata, o artista foi testando sozinho suas habilidades e começou suas grandes esculturas em pedra sabão, com a orientação de ninguém menos que Bassano Vaccarini, grande artista italiano radicado em Ribeirão Preto que já trabalhava com este material. A escola não poderia ter sido melhor para influenciar toda a obra abstrata e contemporânea de Eurico, que sempre pedia orientação de Bassano nos primeiros trabalhos.

Paralelamente à sua arte, Eurico trabalhou na TV Manchete e na EPTV, na área de iluminação e operação de vídeo, mas sua paixão sempre foi a escultura. Ele participou de sua primeira exposição em 1986, e em 1990 montou seu primeiro ateliê, juntamente com outros artistas como Jair Correia e Maurilima, entre outros, para poder se dedicar integralmente à sua vocação artística. “O Eurico fazia o que ele queria com o material, não importando o que queria dizer. Ele era livre em seu trabalho”, comenta a artesã Lena Ehrhardt, esposa do artista plástico Ricardo Ehrhardt e amiga de Eurico. “Participamos juntos de várias exposições, mas a que me marcou foi a da Oficina da Cultura em 1992”, comenta Ricardo.

Após esta fase, em 1997 Eurico montou seu próprio Atelier com o artista Paló, ministrava cursos e oficinas de artes e trabalhar em suas esculturas. Hoje, Paló está cuidando do ateliê, de suas obras e as de Eurico.”A obra dele é bem coerente e gosto do período mais recente dele, pois mostra a sua maturidade. As pessoas também apreciam muito suas esculturas em ferro fundido e pedra”, comenta Paló. Ambos já fizeram experimentações artísticas em comum. ”Eu trabalho mais com pintura, mas nós costumávamos fazer experiências juntos com sucatas também”, afirma.


Últimas exposições :

• XXXIX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (SP)- nov/2007
• 7ª Mostra João Turin de Arte Tridimensional -Curitiba(PR)- set/2005
• XXIX SARP – Salão de Arte Contemporânea Ribeirão Preto (SP)- ago/2004
• 6ª Mostra João Turin de Arte Tridimensional – Curitiba(PR)- set/2003
• XXVIII SARP – Salão de Arte Contemporânea Ribeirão Preto (SP)- ago/2003
• 21º Salão de Arte Pará – Belém (PA) – outubro/2002
• I Salão Nacional de Arte de Ouro Preto (MG) – julho/2001
• XIII Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (SP) – julho/2001
• 20th Tenri International Art Competition-Tenri Biennale-2001- Tenri- Nara-Japão-Abr/2001
• VIII Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo (SP) – Ago/2000
• IX Salão Paulista de Arte Contemporânea – São Paulo (SP) – Mar/2000
• 30º SAC – Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (SP) – Out/99 (obra comentada)

Últimos prêmio recebidos:

• Referência especial do júri - XXXIX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (SP)- nov/2007
• Prêmio Aquisição – VIII Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo (SP) – Ago/2000
• Menção Honrosa – XXII Salão de Artes de Araraquara (SP) – mai/98
• Grande medalha de Bronze – 21º SLAC –Salão Limeirense de Arte Contemporânea – Limeira (SP) – nov/97

O Atelier fica na rua Comandante Marcondes Salgado, 1840, no Boulevard em Ribeirão Preto.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ponto de Vista


Nem sou tão fã de filme de ação e tiroteios, apesar de ser filme, mas às vezes me arrisco, pois quero assistir tudo mesmo. É uma vontade incontrolável, e a briga é muito boa entre ver filme e ler, geralmente faço os dois diariamente, mas algum sempre sai em vantagem em determinado dia, afinal, sou humana. No fim de semana me dediquei ao cinema, apesar de ter ligo algumas 100 páginas do Filosofia em Comum, da Márcia Tiburi ( aliás, recomendadíssimo) e vi uns 5 filmes, entre eles o Ponto de Vista (2008) com Dennis Quaid no papel principal. Achei o roteiro demais, muito criativo. Enrolei tanto para ver esse filme, passei outros na frente, já cheguei até a começar, por 15 minutos mas parei, pois achei que era chato. Aí enfim me rendi "Preciso ver para ter uma opinião, oras", pensei comigo mesma, e foi que fiz.
A história se passa na Espanha em uma reunião de cúpula em que o presidente norte-americano pode ser alvo de uma ação terrorista. Por isso, a guarda presidencial providencia um esquema de segurança impecável, até contratam um dublê, que chique. No meio da apresentação do presidente, ele sofre um atentado (o dublê na verdade), e o filme todo acontece de acordo com 8 perspectivas das pessoas que participam da ação, como o segurança ( Dennis Quaid), um policial espanhol, um turista ( Forest Whitaker), a menina que tomava sorvete com mãe, etc. Até o momento do tiro, o filme retrocede e mostra como cada personagem foi parar ali e o que ele viu, ouviu, e assim a história vai se construindo, e sua opinião a respeito dos personagens vai mudando, pois a história vai se desenvolvendo de acordo com o ponto de vista de cada um.
Apesar de parecer confuso, o roteiro é bem amarrado, e as cenas de ação não deixam a peteca cair. Só peca nessa chatice nacionalista, neste patriotismo exagerado que só os americanos conseguem, e já se tornou um clichê.
Fora isso, Forest Whitaker está brilhante, assim como os demais atores não tão conhecidos.
Quem se aventurar, desejo um bom filme.
beijos