Páginas

terça-feira, 26 de maio de 2009

19° Festival Forró da Lua Cheia traz Gilberto Gil, Arnaldo Antunes e Mundo Livre S/A

Nascida em 1986 com o intuito de reunir os amigos e curtir uma boa música, o Forró da Lua Cheia completa seus 19 anos e, sem dúvida, em grande estilo.

Com o passar dos anos o festival mudou um pouco seu objetivo, pretendendo atingir um público diferenciado, a festa permaneceu no gosto dos adeptos, que todos os anos estão presentes para curtir o melhor do forró.

Mesmo com a mudança de foco, o município de Altinópolis ainda mantém a tradição de promover um evento da cultura regional, da arte e da música, e é por isso que todos os eventos são abertos a diversas bandas regionais, artistas, atores, artesãos dentre outras diversas expressões artísticas e culturais.

O evento começa a partir das 23h, da sexta-feira (5/7) e termina só no domingo (7/7). Entre as atrações principais do evento estão Mundo Livre S/A, Arnaldo Antunes e Gilberto Gil.

Os convites estão a venda no Vale das Grutas Hotel Fazenda, Jungle, Tent Beach, Porto Açai, Beerblioteca e Bar do Ali. Mais informações sobre os shows e/ou caravanas pelos telefones: (16) 3610-2573 / 3610-2910 / 3610-0408

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Frases de Clarice Lispector que eu gostaria de ter dito

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.

"A palavra é o meu domínio sobre o mundo."

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito."

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Albergue Espanhol e Bonecas Russas


A atriz britânica Lucy Gordon é encontrada morta em seu apartamento em Paris. Sinceramente quando vi a foto dela em todos os sites hoje nem havia me dado conta de quem era, tão pequenas foram suas participações em filmes. Ela fez uma ponta em Homem Aranha 3, e depois fiquei sabendo que ela fez Bonecas Russas de Cédric Klapisch de 2005, um filme que adorei e indico hoje. Mas antes é preciso ver Albergue Espanhol, pois o Bonecas Russas é praticamente uma continuação dele.
Do mesmo diretor, mas produzido em 2002, Albergue Espanhol conta a história de um francês que decide viver um tempo na Espanha para aprender o espanhol, e passa a morar em um albergue de estudantes e dividir a casa com pessoas de várias partes do mundo. O filme é falado em várias linguas ( inglês, espanhol, alemão, francês) e mostra a cultura e intercâmbio de países e a amizade inusitada que pode surgir deste grupo.
Em Bonecas Russas eles já estão adultos, o francês está fracassado como escritor, e decide reencontrar seus antigos amigos de albergue na Rússia, para o casamento de um deles.
Dois filminhos bem leves e divertidos, co-produzidos entre França e Reino Unido, e que fogem totalmente daquele padrão de filme para adolescente dos norte-americanos.
beijos

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Sári Vermelho





















Adoro livros-reportagem, principalmente porque sou jornalista, e ver o nosso ofício misturado à literatura, muitas vezes de maneira encantadora, só me entusiasma. É o caso de O Sári Vermelho, do indiano Javier Moro. Como a Índia está na moda, nada melhor que ler um romance-reportagem de primeira falando daquele país.
O autor conta a história real da italiana de classe média Sonia Maino, que se apaixona por Rajiv Gandhi, indiano filho da primeira ministra da Índia. Rajiv faz parte de uma das famílias mais tradicionais da Índia e que estava no poder por gerações quando se conheceram. Eles se casam, e Sonia passa a viver em um país com cultura e tradições totalmente diferente das suas. Sonia abraça a India como se o país fosse seu, e passa a viver como aquele povo, que crê em centenas de divindades e tem tantos partidos políticos como dialetos.
O autor fez um excelente trabalho de pesquisa, em um livro que tem romance mas principalmente o relato da história política e econômica de uma das maiores nações do mundo.
Are baba! ( seja lá o que isso signifique....ouvi da novela hehe)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

As garotas do calendário voltaram

Momento do filme em que elas se preparam para fotografar

As garotas do calendários estão de volta. Adorei a notícia que vi semana passada, sobre as senhorinhas britânicas que posaram nuas para conseguir grana para o hospital local em 1999, agora posaram de novo para o calendário 2010. Elas têm mais de 50, algumas bem mais ( até 82 anos).
Na época em que elas posaram pela primeira vez, a história causou tanto furor que elas foram tema do filme que eu indico hoje, o Garotas do Calendário, de 2003, estrelado por Helen Mirren.
As senhoras, que se dedicavam a confecção de doces, geleias, jardinagem e tricô, resolvem se unir quando o marido de uma delas morre de leucemia. A partir daí, formam um movimento para ajudar o hospital local. A campanha consiste em fazer um calendário com uma integrante do Women's Institute ( o grupo delas) para cada mês, cada uma mostrando uma prenda de seus dotes domésticos, mas para chamar a atenção e conseguir o dinheiro, elas decidiram fazer as fotos nuas.
O filme é muito bem feito, de extremo bom gosto, assim como as fotos e a campanha inusitada a que elas se dedicaram.
Ótima pedida, beijos

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A montanha e o rio


A Montanha e o Rio é o tipo de história que daria uma belo roteiro de filme. Tem drama, ação, romance, conflito familiar, história e política. Conta a história de dois irmãos, filhos do mesmo pai mas de mães diferentes que são criados sem saber da existência um do outro e seguem destinos completamente diferentes, até que a vida deles se cruzam quando sem saber, se apaixonam pela mesma mulher.
Quando estava lendo o livro só conseguia imaginar quando Hollywood vai filmá-lo. Mesmo que alguns capítulos se arrastem, e demorem a concluir, é uma ótima leitura. A narrativa se torna interessante porque os capítulos são contados em primeira pessoa, cada hora por um dos irmãos, assim temos a visão dos dois, e também pela namorada deles. Assim, a cada momento você torce para um, quando os personagens vão se descortinando e a história desenrolando e tomando rumos cada vez mais inesperados.
beijos

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma pitada de filosofia

"Aquilo que se faz por amor, parece ir sempre além dos limites do bem e do mal." Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Via Láctea


Semana passada vi um filme nacional de arte maravilhoso, A Via Láctea, da diretora Lina Chamie ( será que é filha do poeta??!!?). Bom, o filme bem ousado para os padrões nacionais, conta a história de um casal que está sofrendo a dor da separação. Heitor ( Marco Ricca) é um professor de literatura mais velho que Júlia (Alice Braga), que é atriz, mas deixa a profissão para ser veterinária. Após uma discussão por telefone eles terminam, e Heitor sai de casa correndo pelas ruas de São Paulo para tentar reatar o namoro. A partir daí a história passa a ser contada de forma fragmentada todos os principais momentos do casal e como se conheceram. A diretora mostrou bastante a cidade de São Paulo, o caos urbano do trânsito, as luzes da cidade, o cheio e o vazio. Além disso, alguns personagens coadjuvantes falavam direto com os persongens principais sobre o rompimento da relação, mesmo sem saber de nada, em forma de metalinguagem, o que achei muito diferente e bem usado.
A lírica do filme está em mostrar os sentimentos humanos, e não as ações, por isso a impressão de monotonia e de as cenas se repetirem, mas a diretora mostra a visão de cada um na cena. O que mais amei no filme é o dialogismo entre literatura e cinema, minhas duas artes favoritas. A mistura deu muito certo de uma maneira inusitada. A literatura é ponto muito forte, pois o tempo tempo é declamado trecho de um poema, de uma peça ( por ela ser ex-atriz) autores são citados em suas conversas, textos e trechos de poemas são citados em seus pensamentos e na narração da história, enfim, uma união perfeita.
Filme profundo, artístico, ousado e literal, literalmente, hehe
beijos

terça-feira, 12 de maio de 2009

Medéia, de Eurípedes

A maioria das pessoas deve pensar: porque eu leria uma tragédia grega escrita há 2500 anos? Bom, eu nunca faria essa pergunta porque eu leio, e adoro, e é através desses textos que podemos comprender a cultura do povo mais culto do início da civilização ocidental.
Os gregos faziam competições de peças teatrais em suas festas dedicadas do deus Dionísio, no final de cada colheita. Era uma maneira deles agradecerem o alimento que a terra produzia.
O engraçado é que eles agradeciam de maneira pitoresca. Era feita uma super festa, estilo carnaval, em que os gregos bebiam vinho o dia todo, e saiam às ruas em procissão empunhando um falo gigante. É pessoal, era o símbolo da fertilidade e não havia esse pudor que temos hoje.
A partir daí, eles iam para os theatron assistir as peças, e chegavam a passar quase 6 horas cerca de três peças. Bêbados, alegres, felizes, e apreciando a narrativa dos dramaturgos.
Nesta época, surgiram diversos escritores, entre eles Esopo, Sófocles e Eurípides, este último que escreveu a tragédia grega com a personagem feminina mais intrigante da história: Medéia.
E esta é minha dica de hoje. O texto é curto, tem 50 páginas, e conta a história de uma mulher que abandona seu país para viver ao lado de um grego, Jasão, mas é traída por ele, que se casa com a filha do rei. Enlouquecida de raiva e ciúme, Medéia comete uma loucura, que não vou contar para quem ainda não conhece a história.
Vale a pena tirar uma hora do dia para conhecer os textos gregos tão ricos e tão atuais, e que contribuem para a história do mundo. Pena que de 98 peças que Eurípedes publicou, nos resta apenas 19 e alguns fragmentos.
Indico também Édipo, de Sófocles ( que é meu favorito). ;-)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

CHE - O argentino - Viva la Revolución!!!!!


CHE O argentino é a primeira parte do longa de Steven Soderbergh que estreou ano passado, e que só consegui ver esta semana, pois só agora chegou junto com o Festival de Cinema na minha cidade. Estava ansiosíssima para ver o filme, e adorei. O diretor gastou 4h28 de película para contar a história do líder revolucionário Ermesto Che Guevara, e dividiu sua produção em dois filmes de 2 horas: O argentino e O guerrilheiro.
Benício del Toro, ator porto-riquenho que interpretou o revolucionário, ficou perfeito no papel, e disse que Che é o personagem mais marcante de sua carreira. Como o filme é falado 80% em espanhol, Benicio, que é naturalizado norte-americano e desde os 13 anos está nos EUA, teve um pouco de dificuldade, pois segundo ele o espanhol do Che era muito culto. Rodrigo Santoro está no elenco no papel de Raúl Castro, irmão do Fidel.
A primeira parte conta como ele entrou na luta armada com Fidel pela libertação política, econômica e ideológica de Cuba das mãos da ditadura militar e do domínio norte-americano. Mostra porque ele se tornou um símbolo ideológico no mundo todo, e de acordo com que eu li em um blog, aquela foto famosa dele, em que ele está usando uma boina e que está estampada em qualquer camiseta de camelô, é a foto mais famosa da história e a imagem mais marcante do século XX.
Mesmo quem não conhece a história do Che, deve imaginar que ele deve feito algo importante, pois o mito que se criou em torno dele às vezes é maior que o próprio Che.
Mas no filme, muito bem dirigido por Soderbergh, mostra o lado humano e guerrilheiro do argentino. Segundo o diretor, Che lhe interessa mais que Cuba, portanto, a segunda parte do filme se concentrá no último ano da vida de Che, em que ele fica na Bolívia treinando guerrilheiros e é assassinado, executado( segundo a excelente obra de Saulo Gomes "Quem matou Che Guevara"), pois ele tinha os sonho de libertar não só Cuba, mas toda a latinoamérica.
Che foi um ser como poucos, uma figura emblemática, um intelectual que pegou em armas para ver se realizar, através de suas próprias mãos, o sonho de ver seu país de coração fora do domínio norte-americano.
Sou fã do Che, e sou fã de Soderbergh, que conseguiu mostrar neste filme e em seu discurso o que é a raíz do comunismo, e que olhando assim de longe até que não é tão ruim, diriam os céticos. Quem é leigo no assunto saiu da sala do cinema percebendo porque Cuba incomoda tanto, porque pintam Fidel Castro como o demônio e que comunistas não comem criancinhas.
O filme demorou mas chegou, pena que o discurso veio em um período em que as pessoas não serão influenciadas pelas atitudes de Che, pois estamos tão mergulhados no emaranhado desse capitalismo selvagem que é mais confortável usar a camiseta com a figura dele do que seguir seus ensinamentos.
O importante mesmo é que não vejo a hora de ver a parte 2.
beijos