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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Filmes de viagens lisérgicas me apetecem


Descobri recentemente que adoro filmes de drogados. Calma! Deixa eu explicar, rs. Em primeiro lugar, não é da conta de ninguém mas eu não uso drogas ( quem me conhece sabe), detesto qualquer coisa que me tire a lucidez, exceto vinho e chocolate. Em segundo lugar, filmes sobre drogados quer dizer esses filmes que falam de pessoas que vivem neste universo paralelo ( pelo menos pra mim) e como vivem em função da droga.

Claro que histórias deste tipo nem sempre acabam bem, é deprimente e sou totalmente contra o uso de drogas, porque tudo que se torna vício não faz bem, nem para o corpo e nem para a mente, mas cada um sabe o que faz de si, quem sou eu para falar alguma coisa. Ufa.

Bom, mesmo não sendo usuária e sabendo de todas as consequências do vício, eu adoro ver esse tipo de filme, porque, para mostrar o universo dessas pessoas que é totalmente diferente do meu, os diretores costumar "viajar" e criar cenas, imagens, cortes, situações e textos super bacanas, diferentes e ousados, que sai fora do padrão comum do cinema quadradão que conquista o cidadão comum, como costumo chamar.

E eu como gosto de cinema, de filme bem feito, que tenha boa história, boas cenas, bons cortes e que me surpreenda, traga algo novo, esse tipo de filme vem a calhar pois as viagens lisérgicas dos drogados rendem boas sequências que transformam um filme que poderia muito bem ser desprezado, em obra de arte.

Vou citar 3 filmes deste segmento que vi e gostei, mas há vários nas prateleiras.

Spun - Sem limites, de Jonas Arkelund de 2002 traz Brittany Murphy, Mickey Rourke, Jason Shwartzman, entre outros no elenco, foi uma co-produção EUA/Suécia e nem fez tanto sucesso no seu lançamento. O filme faz um mergulho de cabeça no mundo dos viciados em drogas e daqueles que as produzem. Spun mostra três dias deste mundo freak, sem controle. Sexo, drogas e rock and roll. O filme contém algumas cenas em animações, e mostra como fica a cabeça de alguém quando cheira cocaína, a reação do corpo, dos olhos, as viagens da mente.

Transpotting - de Danny Boyle de 1996 é antiguinho mas clássico (cult, tem que ver), foi o primeiro filme que vi com Ewan McGregor, e já gostei dele de cara. O filme foi baseado no livro de Irvine Welsh, e mostra a trajetória de Renton, um dos muitos jovens drogados do submundo de Edimburgo. Junto com seus amigos, vive loucamente até o dia em que decide abandonar o vício em heroína. A cena mais marcante é quando ele tem uma viagem que está dentro de uma privada. Arghhhhhhhh

Candy - de Neil Armfiel de 2006 ( Austrália) traz Heath Ledger no elenco e é mais depressivo e com menos cenas psicolédicas e de viagens, as vale a pena assistir, pois o filme mostra o paraíso e o inferno que vivem dois viciados em heroína que se amam e tudo o que são capazes de fazer para conseguir a droga, até perdem a dignidade. O filme vai fundo, toca feridas e deixa bem claro o que é ser um viciado, e que as glórias e o prazer do início não valem as consequências.


O próximo que ver e me lembrar eu posto aqui. Beijos

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