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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Luta pela classe jornalística




Entra ano, sai ano, é sempre a mesma coisa. Jornalistas de todo o Brasil lutam o tempo todo. Primeiro pelo direito de ter um diploma e uma profissão regulamentada, o que só ocorreu em 1969. Agora lutam para que esta lei não caia e volte a ser como era. Antes, qualquer pessoa poderia ser jornalista. Geralmente encontravam-se nas redações médicos, advogados, contabilistas, ou jornalistas mesmo, mas sem o diploma. Quem tivesse o dom e a habilidade da profissão poderia exercer.


A regulamentação e a obrigatoriedade do diploma deixou muita gente irritada, pois agora é preciso estudar 4 anos em uma universidade para ter o direito de exercer a profissão. E tem muita gente nas redações que estão aí porque conhecem alguém que conhece alguém, ou que tem rabo preso, ou indicação política, ou ainda é da turma antiga, da época que o diploma não era necessário. Isso faz com que velhos jornalistas busquem a qualquer custo a queda da obrigatoriedade do diploma, ou seja, voltaremos a estaca zero. Qualquer um que prove que fez uma matéria pro jornalzinho da escola poderá se dizer jornalista.


Não sou a favor da indústria do diploma, mas concordo que o profissional, de qualquer área que seja, deve ser especialista no que faz e deve fazê-lo, mesmo que para isto ele precise ficar 4 anos na faculdade. Ainda mais nos dias que hoje, em que já é difícil encontrar bons profissionais com certo nível cultural formados, imagine sem diploma, isso vai virar um forróbodó.


Entro na luta pela minha profissão que tanto amo, e pelos meus colegas.



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